Assumir a presidência do Senado pode ter sido a pior coisa que José Sarney já fez para própia imagem dentro dos seus “60 anos”de vida pública.Pois,nem mesmo quando ocupou a presidência da república entre (1985-1990),seu nome esteve envolvido em tantos escândalos políticos como hoje.
Logo que eleito para cadeira presidêncial do Senado Sarney despertou a atenção da revista britânica “Economist”,que dedicou a ele uma reportagem intitulada “Onde os dinossauros ainda vagam”.
A matéria expunha o coronelismo que ainda se faz presente no Nordeste do país,denunciava a precariedade em que se encontra o Estado do Maranhão-controlado pela família sarney-,atribuia o seu sucesso político à uma emissora de tv de sua propiedade,afiliada à Rede Globo ,que no meio das novelas “costuma exibir reportagens favoráveis ao clã”,dizia também que o novo cargo era “poderoso” e lhe dava “... oportunidades para nomear funcionários públicos”.
No mês seguinte o nome do Senador voltava as manchetes,o jornal Estado denunciou que ele havia mandado a Polícia do Senado ao Maranhão para fazer a segurança do seu patrimônio particular em São luiz.
Ele próprio confirmou as denúncias alegando que os agentes aturam dentro de sua “função normal”,”cumprindo com seu dever”de garantir a segurança dos Senadores,já que adversários ameaçavam “explodir” sua casa.
Em maio surge uma nova saia justa,Sarney -que dizia não ter auxílio moradia-vinha recebendo esse benefício indevidamente desde o ano passado,mesmo tendo casa em Brasília e morando atualmente na residência oficial do Senado ele contava com o auxílio mensal de R$ 3,800,00.
Desculpando-se com a imprensa,disse que “não sabia”que o dinheiro estava sendo depositado em sua conta,afirmou que nunca pediu para recebê-lo e classificou o pagamento como um “erro administrativo”, prometendo também devolver a quantia aos cofres públicos.
Mais nenhum desses escândalos ofereceu tanto perigo como os “Atos Secretos”,apesar de dizer que a crise era do Senado e não sua,uma chuva de denúncias o colocou em uma posição nada confortável.
Vários parentes de Sarney foram empregados no Senado no último ano.
Além de comprovadas práticas de nepotismo,muitas coisas foram descoberta até aqui. Já se sabe por exemplo que Amaury de Jesus Machado-funcionário do senado que recebe um salário em torno de R$12 mil-ao invés de trabalhar no congresso, é o mordomo particular de Roseana Sarney , tem cumprido todo o expediente na residência que ela mantém em Brasília e atende pelo sugestivo apelido de “Secreta”.
Descobriu-se também que Sarney não declarou à Justiça eleitoral sua mansão localizada em Brasília,avaliada em R$ 4 milhões.
Pesa ainda sobre a imagem do Senador uma investigação sobre a fundação que leva seu nome.
Criada por ele para manter um museu com o acervo do período em que foi presidente do Brasil, está sendo acusada de de desviar dinheiro repassado pela Petrobrás em forma de patrocínio para um projeto cultural que nunca deixou o papel.
Segundo a revista Veja,de R$1,3 Milhão doados,ao menos R$ 500,000 foram desviados para empresas fantasmas e R$ 30.000,00 para empresas de comunicação da Família Sarney,a título de veiculação de comerciais do projeto fictício.
No mais recente escândalo,uma escuta telefônica da Polícia Federal comprovou que um funcionário do Senado só está trabalhando lá porque é namorado da neta de José Sarney.
Se a crise não era mesmo do presidente do Senado,então passou a ser!
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