domingo, 30 de agosto de 2009

Cartão vermelho para Sarney.

Suplicy contraria o PT e pede a renúncia de Sarney.
De olho no apoio do PMDB para as eleições de 2010, onde Dilma Roussef será candidata a presidência da republica, o presidente Lula resolveu "fechar" (como diria os funkeiros) com o presidente do Senado,José Sarney, e o apoiou desde o início até o final da crise (se é que podemos dizer que ela chegou ao fim).

Mais apesar das recomendações para que o PT fizesse o mesmo, parece que a ideia não foi bem aceita pelo senador Eduardo Suplicy. Ele resolveu mostrar o cartão vermelho para Sarney, defendendo a renúncia em favor da "normalidade de funcionamento do Senado".

A ação de Suplicy levou a uma reação imediata do senador Heráclito Fortes, que acusou o petista de não estar sendo sincero em seu discurso, o que desencadeou alguns minutos de bate-boca entre os dois.
Irritado, Suplicy também mostrou cartão vermelho para Heráclito que sugeriu que esse fosse apresentado ao presidente Lula, "o responsável por essa crise toda..." disse.

E eu comento:
Se o Senador Eduardo Suplicy estava sendo sincero ou não, é uma coisa que não podemos dizer.
O que se sabe é que nessas alturas do campeonato, diante de inúmeras faltas gravíssimas, só mesmo sendo amigo de Juíz para escapar do cartão vermelho.

domingo, 23 de agosto de 2009

Preconceito e agressão no Carrefour.


Muitas pessoas ainda insistem em dizer que o preconceito racial no Brasil é coisa do passado, mas os fatos demonstram que não é bem assim que a banda toca em nosso país.
Infelizmente, o negro ainda é o primeiro suspeito para polícia, o mais vigiado dentro das lojas, visto como incapaz de possuir uma boa condição financeira ou até mesmo uma conduta decente.

Prova disso é a recente agressão sofrida pelo segurança da USP e técnico em eletrônica, Januário Alves de Santana, dentro do hipermercado Carrefour de Osasco-SP, no dia sete deste mês.
Enquanto a mulher fazia compras, ele ficou no estacionamento porque a filha dormia no interior de seu carro, um Ford Ecosport.
Ao abrir a porta do veículo, o homem foi confundido com um assaltante pelos seguranças da loja, que o espancaram ao ponto danificar sua protése dentária e causar uma lesão no maxilar.

Januário também sofreu preconceito por parte dos policiais que atenderam a ocorrência. Além de não acreditarem que o Ford EcoSport era seu,, eles chegaram a dizer a seguinte frase: "Você tem cara que tem passagens negão, você, no mínimo, umas três passagenzinhas você tem, sua cara não nega!".
Confirmada a posse do veículo através de documentos, os Pm's deixaram o mercado sem ao menos prestarem socorro.

E como não associar o caso com racismo?

Quer dizer então que um negro não pode possuir um carro mais caro?
Está decretado o "Apartheid" brasileiro, e o Carrefour é um mercado exclusivamente reservado para clientes brancos ? Pense na frase do Pm: "...você no minímo umas três passagenzinhas voçê tem, sua cara não nega".
Foi uma forma do policial dizer: "sua cor não nega! ".

Januário vai processar o Estado e o Carrefour pelo preconceito enfrentado.
Mas nenhum valor,por mais alto que seja, será capaz de apagar toda humilhação e constrangimento de ter apanhado por um único e exclusivo motivo: (ser negro).
Sem sombra de dúvida, a luta dos afro-descendentes contra o racismo está muito longe de chegar ao fim, e essa barreira só será quebrada a base de muita luta e educação, somadaos à pesadas indenizações.
Somente assim o negro será respeitado, tanto no Brasil, como também no mundo.

A Piza de Sarney

Conchavo com o PT tira Sarney da forca.

O "Conselho de Ética" da "casa de horrores" deu a sua mais nova cuspida no rosto da opinião pública, e com a ajuda de três senadores do PT,rejeitou na última semana, os 11 recursos contra o arquivamento sumário das denúncias e representações que pesavam sobre o coronel e Presidente do Senado,José Sarney.

Sarney havia sido denunciado por favorecer a empresa do neto na prestação de serviços no Senado,vender terra no nome de laranjas para não pagar impostos,intermediar na contratação do namorado da neta na casa,mentir ao dizer que não tinha responsabilidade na administração da fundação José Sarney,desvio de recursos públicos,prática de nepotismo por atos secretos,criação de cargos e aumento de salários por atos secretos,omitir da Justiça Eleitoral uma casa de R$4 milhões,ter uma conta no exterior,obter informações privilegiadas na justiça sobre um inquérito que envolve o filho e ainda por usar o Senado para anular uma lei do STF que despejaria a fundação.

Mesmo com tantas acusações, José Sarney foi salvo graças a um "acordão" firmado entre os partidos e patrocinados principalmente pelo PT ,que seguiu à risca a orientação de seu presidente Ricardo Berzoini e do própio Lula, que desde o ínicio deixou claro o seu apoio ao Presidente do Senado e ordenou que os senadores Delcídio Amaral(PT-MS) , João Pedro(PT-AM) e Ideli Salvatti(PT-SC) votassem pelo arquivamento,o que fizeram falando bem baixinho e fora do microfone .

Uma análise dos fatos:

Como todos já sabiam,é claro que ia "terminar em piza".
O que esperar de um "conselho de ética" do qual a própia a ética se envergonha?
O Brasil se tornou uma terra de impunidade,reduto de corrupção ,o verdadeiro "paraíso dos safados".

O que será que nossos políticos entendem por ética e decoro?
Primeiro a Câmara dos Deputados inocenta Edmar Moreira,dono do castelo,que aplicou o dinheiro da verba indenizatória de seu mandato em suas própias empresas de segurança,desviando R$15 mil mensais para sua conta pessoal.
Agora o Senado repete a dose,prova que "está se lixando para a opinião pública" e bate continência para o coronel do Maranhão.

José Sarney,é claro, disse estar satisfeito com o arquivamento das denúncias,a firmou que vai "normalizar a casa" e ainda prosseguiu: "Acho que todos estamos (satisfeitos) porque ultrapassamos uma fase".

Realmente a casa vai normalizar,sem punição as corrupções vão continuar acontecendo.
Já sobre o fato de todos estarem satisfeitos,é bom que o Senador saiba, que ao contrário do que ele pensa,a população está cansada da bandidagem que impera em nosso país.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Barraco no Senado.

Renam Chama Tasso Jereissati de "coronel de merda".

Tá feia a coisa no Senado Federal!
Na última Quinta-Feira(06),um bate-boca entre os senadores Renam Calheiros(PMDB-AL) e Tasso Jereissati(PSDB-CE),balançou as estruturas do Senado.
Tudo começou depois que Tasso pediu a retirada de um homem que segundo ele estava fazendo "piadas"na Tribuna de Honra,Renam então aproveitou a oportunidade para cutucar o tucano, dizendo que essa era a causa das crises,"A minoria com complexo de maioria".
Daí a coisa descambou,e tudo que se ouviu foram ofensas e trocas de acusações.

Tasso:"Senador Renam,não aponte esse dedo sujo pra cima de mim,não aponte esse dedo sujo pra cima de mim,tô cansado das suas ameaças"
Renam:"O dedo sujo infelismente é o de vossa excelência,são os dedos dos jatinhos que o Senado pagou"
Tasso: "Pelo menos era com meu dinheiro o jato é meu,não é do que voçê anda dos seus empreiteiros."
Renam:"O dinheiro é seu?..."continuando a dizer fora do microfone.
Tasso:"O dinheiro é meu,é meu,é meu,é meu e eu tenho pra falar,tá?".
Renam - continua a falar fora do microfone
Tasso:"Eu,coronel cangaceiro?Cangaceiro de terceira categoria".
Renam fala fora do microfone"Seu coronel de merda!me respeite"
Tasso:"você é o que? não,repete o que você disse aí,olha o decoro parlamentar,repita o que você disse aí!, repita o que voçê disse aí!".
Renam:"Você é minoria com complexo de maioria,você é minoria com complexo de maioria,me respeite!me respeite!"

Logo depois tasso diz à Sarney:"Presidente!,Presidente!,o Senador Renam Calheiros acabou de quebrar o decoro parlamentar me dirigindo com palavras de baixo calão,eu peço que seja feita uma representação sobre isso".

Renam fala com Sarney em tom de ironia:"Presidência,eu peço desculpa e peço pra vossa excelência retirar,retirar da sessão de hoje que minoria com complexo de maioria é falta de decoro parlamentar"
Sarney suspendeu a sessão por dois minutos.

Antes da confusão,Renam calheiros que é lider do PMDB no Senado,havia lido sobre o pedido de representação que o seu partido fez sobre o líder tucano na casa,Arthur Virgílio.

Que vergonha,hein?

Senadores se atacam por causa de Sarney.

Os bate-bocas entre Pedro Simom,Renam Calheiros e Collor.
Veja os vídeos:
JustificarSenador Pedro Simom pede que José Sarney renuncie a presidência do Senado.
Irritado, Renam Calheiros sai em defesa de Sarney e discute com simom,que por sua vez lhe acusa de ter participado de um acordo com Collor na China.

Collor se irrita com as declarações de Pedro Simom e pede para que o Senador "engula,digira e faça o uso que julgar conviniente" das palavras ditas contra ele na tribuna.
E eu comento:
É cada uma coisa que acontece nesse Senado!
Se depender da maioria dos senadores, Sarney não tem nenhum motivo pra se preocupar e vai continuar livre, leve e solto atuando dentro daquela casa com toda sua falta de ética, decoro e tudo o que não deveria, mas que por causa da impunidade, tem direito.
Extremamente ridículo!

Delegado Bêbado,Armado com Fuzil.

O delegado titular de Gandu, Madson Barros, 43 anos,foi encontrado bêbado dormindo dentro de um Fiat Pálio na madrugada do último domingo no bairro do Imbuí,em Salvador(BA).
No veículo em que ele estava, os policiais militares encontraram um fuzil de uso exclusivo das forças armadas, um rádio, um facão,três coletes à prova de bala, munição, algemas e duas pistolas entre as quais uma possui a numeração raspada,sendo possivelmente clandestina.

Madson foi levado para a Corregedoria da Polícia Civil e ao chegar tentou agredir fisicamente uma policial grávida de seis meses e um outro policial de plantão que ainda foi ofendido com palavras racistas
O delegado foi autuado em flagrante por porte ilegal de arma e racismo.
Segundo o delegado Adagilson Sobral.“Ele se comportou de uma maneira muito agressiva, desacatando a delegada que está grávida”

Não é a primeira vez que Madson foi preso por mal comportamento,em dezembro do ano passado ele agrediu a companheira e ainda efetuou diversos tiros em um bar diante dos clientes que o denunciaram no município de Pojuca onde era delegado titular.
Quando estava na 12º delegacia,Madson tirou a roupa ao ser abordado pelos colegas e informado que seria preso pelo ato.
Devido a esse último fato,ele responde a um processo administrativo e deixou de ser o delegado titular de Pojuca,mais pelo visto somente foi transferido de delegacia.

Minha opinião:

Além de dar um péssimo exemplo para população,caso não fosse contido a tempo,imagine a quantidade de tragédia que esse delegado poderia ter causado.
Se o fato dele estar bêbado na direção de um veículo já é um enorme perigo para vida do cidadão,que dirá então portando um facão e três armas de fogo,principalmente pelo fato da enorme potência de uma delas.
Esse é o típico caso de policial problema,que apesar do acúmulo de processos em seu nome ,certamente ganhará o aval da Secretaria de Segurança Pública para continuar exercendo suas funções, até que em um determinado dia cometa uma lesão corporal grave,tentativa ou até mesmo o própio homicídio,para que aí sim,quem sabe as devidas providência sejam tomadas.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Juiz Censura Imprensa a favor de Sarney.








"E que o Judiciário tá todo comprado e o legislativo t financiado..."
E não é que a musíca tem razão!
Após julgar um recurso apresentado por Fernando Sarney,filho de José Sarney,o desembargador Dácio Vieira,do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios(TJDFT),proibiu o Jornal Estado de S.Paulo e o portal Estadão de publicar reportagens que contenham informações sobre a operação "Boi Barrica",ação da Polícia Federal que investiga,entre outros, o própio Fernando .
Caso ocorra o descumprimento da ordem,o jornal estará sujeito à multa de R$ 150 mil para cada matéria publicada.

Curiosamente,o Juíz Dácio,autor da censura, é uma pessoa bem próxima ao Senador Sarney.
Ele é o primeiro à esquerda na fotografia tirada no luxuoso casamento de Mayanna Maia,filha de Agaciel Maia( ex- diretor do Senado),no dia 10 de Junho deste ano.
Na foto, ainda aparecem a mulher do juíz,os pais da noiva,o senador Renam Calheiros e ninguém menos que o própio Sarney.

Fernando procurou a justiça depois que o portal Estado publicou as escutas telefônicas feitas legalmente pela Polícia Federal,onde ele negocia com sua filha,Beatriz Sarney,uma vaga para o namorado dela dentro do Senado.
A contratação contou com a ajuda de José Sarney e Agaciel Maia, que aparece entre Sarney e Renam Calheiros na fotografia tirada com o juíz.

Em 12 de fevereiro,Sarney já havia comparecido à posse de Dácio Vieira na presidência do Tribunal Regional Eleitoral(TRE) do DF.
Mais o conhecimento com o presidente do Senado pode ser ainda mais antigo,pois antes de se tornar Magistrado,o juíz também fez carreira no congresso.
De acordo com seu currículo no site do Tribunal de Justiça do Distrito Federal,ele foi designado em 1986,na condição de advogado,para ocupar o cargo de titular da assessoria Jurídica do Centro Gráfico do Senado e depois foi promovido para consultor juríco da casa.

Não poderia ser de outro jeito,a amizade entre o juíz e o senador fez com que a balança da Justiça pesasse para um único lado,impedindo a liberdade de imprensa e tirando da sociedade o direito à informação.
Essa comprovada proximidade com a família é um elemento mais que suficiente para que o desembargador seja considerado suspeito na condução do caso.

Cadê a imparcialidade do Judiciário brasileiro?
E quem foi que disse que a Justiça tarda mais não falha?
O que acontece é que cada dia nos levamos um tiro que sai pela culatra,porque não somos ministros,nós não somos magnatas.
Somos do povo,somos os zé-ninguéns e aqui embaixo,as leis são diferentes.

domingo, 2 de agosto de 2009

E Agora José?


Assumir a presidência do Senado pode ter sido a pior coisa que José Sarney já fez para própia imagem dentro dos seus “60 anos”de vida pública.Pois,nem mesmo quando ocupou a presidência da república entre (1985-1990),seu nome esteve envolvido em tantos escândalos políticos como hoje.


Logo que eleito para cadeira presidêncial do Senado Sarney despertou a atenção da revista britânica “Economist”,que dedicou a ele uma reportagem intitulada “Onde os dinossauros ainda vagam”.
A matéria expunha o coronelismo que ainda se faz presente no Nordeste do país,denunciava a precariedade em que se encontra o Estado do Maranhão-controlado pela família sarney-,atribuia o seu sucesso político à uma emissora de tv de sua propiedade,afiliada à Rede Globo ,que no meio das novelas “costuma exibir reportagens favoráveis ao clã”,dizia também que o novo cargo era “poderoso” e lhe dava “... oportunidades para nomear funcionários públicos”.

No mês seguinte o nome do Senador voltava as manchetes,o jornal Estado denunciou que ele havia mandado a Polícia do Senado ao Maranhão para fazer a segurança do seu patrimônio particular em São luiz.
Ele próprio confirmou as denúncias alegando que os agentes aturam dentro de sua “função normal”,”cumprindo com seu dever”de garantir a segurança dos Senadores,já que adversários ameaçavam “explodir” sua casa.

Em maio surge uma nova saia justa,Sarney -que dizia não ter auxílio moradia-vinha recebendo esse benefício indevidamente desde o ano passado,mesmo tendo casa em Brasília e morando atualmente na residência oficial do Senado ele contava com o auxílio mensal de R$ 3,800,00.
Desculpando-se com a imprensa,disse que “não sabia”que o dinheiro estava sendo depositado em sua conta,afirmou que nunca pediu para recebê-lo e classificou o pagamento como um “erro administrativo”, prometendo também devolver a quantia aos cofres públicos.

Mais nenhum desses escândalos ofereceu tanto perigo como os “Atos Secretos”,apesar de dizer que a crise era do Senado e não sua,uma chuva de denúncias o colocou em uma posição nada confortável.

Vários parentes de Sarney foram empregados no Senado no último ano.
Além de comprovadas práticas de nepotismo,muitas coisas foram descoberta até aqui. Já se sabe por exemplo que Amaury de Jesus Machado-funcionário do senado que recebe um salário em torno de R$12 mil-ao invés de trabalhar no congresso, é o mordomo particular de Roseana Sarney , tem cumprido todo o expediente na residência que ela mantém em Brasília e atende pelo sugestivo apelido de “Secreta”.

Descobriu-se também que Sarney não declarou à Justiça eleitoral sua mansão localizada em Brasília,avaliada em R$ 4 milhões.

Pesa ainda sobre a imagem do Senador uma investigação sobre a fundação que leva seu nome.
Criada por ele para manter um museu com o acervo do período em que foi presidente do Brasil, está sendo acusada de de desviar dinheiro repassado pela Petrobrás em forma de patrocínio para um projeto cultural que nunca deixou o papel.
Segundo a revista Veja,de R$1,3 Milhão doados,ao menos R$ 500,000 foram desviados para empresas fantasmas e R$ 30.000,00 para empresas de comunicação da Família Sarney,a título de veiculação de comerciais do projeto fictício.

No mais recente escândalo,uma escuta telefônica da Polícia Federal comprovou que um funcionário do Senado só está trabalhando lá porque é namorado da neta de José Sarney.

Se a crise não era mesmo do presidente do Senado,então passou a ser!

sábado, 1 de agosto de 2009

A Máfia dos cargos Públicos.

SARNEY CONSEGUE VAGA ATÉ PARA O NAMORADO DA NETA!
Assista o vídeo:

É visitando as salas de cursinhos preparatórios que se percebe a quantidade de pessoas que sonham com um cargo público.
A situação é igual em toda parte do país,quem é que não gostaria de estar em um emprego com estabilidade? financiar um carro ou uma casa, com a certeza de não ser mandado embora no proxímo mês e ficar com o nome sujo ?

Apesar das preocupações com o conteúdo a ser estudado proposto no edital,não é nas provas que nós,candidatos à vaga pública,enfrentamos a maior barreira ,e nem mesmo no valor da taxa de inscrição.
Embora essas não tenham deixado de oferecer problema,o maior perigo está na concorrência desleal,mais conhecido como "Quem indica".
Isso mesmo,o que antes acontecia somente dentro de empresas privadas,tornou-se uma prática recorrente nas instituições públicas do nosso país.De uma forma criminosa,autoridades usam de suas influências, determinando préviamente quem fica e quem tomba nos exames de seleção.

É o caso de Maria Beatriz Sarney,neta do senador e atual presidente do Senado (José Sarney),ela contou com a ajuda do avô para encaixar o namorado Henrique Dias Bernardes em uma vaga dentro do congresso.
A conversa que revela a negociação do emprego para Henrique, ficou registrada em uma escuta telefônica da Polícia Federal e demonstra claramente a manipulação da máquina pública em favor da família Sarney.

Curiosamente, o cargo indicado para o namorado era ocupado anteriormente pelo irmão de Beatriz e foi conseguido por seu pai Fernando Sarney, num outro momento em que o avô Sarney ocupou a cadeira presidencial do Senado.
Situação essa, revelada pelo própio Fernando em um certo trecho do grampo telefônico.
Enfim,Sarney realizou o desejo da neta e atualmente Henrique Dias Bernardes integra o quadro de funcionários do congresso,recebendo seus R$ 2.700,00 mensais.

Apesar do namorado da neta de Sarney estar em um cargo comissionado(ocupado por indicação),não é lícita a prática do nepotismo.
A facilidade de colocar parentes em cargos assim,impede projetos para que essas vagas sejam ocupadas através de concursos.
Por um outro lado,em situações onde eles acontecem,as vagas são negociadas à sangue frio .

Nos dois sentidos da palavra,o Brasil segue(cheio) de casos como esse,existem diversos Henriques abarrotando o setor público em consequência de suas relações genéticas ou afetivas com tantos outros Sarneys.
São prefeituras,bancos,hospitais,universidades,delegacias,fóruns, todos inchados por pessoas que não tiveram sequer a preocupação de folhear por alguns segundos uma apostila,mais devido ao "quem indica",também não encontraram nenhuma dificuldade para chegar ali.

Fiscalizar e punir todos os que utilizam dos chamados "jeitinhos"e acabam entrando pelas portas do fundo,bem como àqueles que cooperam para isso,é um papel da justiça.
Essa,porém, tornou-se ineficiente,pois está diretamente subordinada à pessoas que compartilham da mesma índole do coronel José Sarney.