Com 138 homicídios
registrados até a última quinta-feira, 2013 vai chegando ao fim como o ano mais
sangrento da história de Juiz de Fora. Até então, o posto era ocupado pelo ano
de 2012, quando 99 pessoas foram mortas na cidade.
A escalada da violência
no município denuncia uma enorme fragilidade nas políticas de segurança de
Minas Gerais, e mostra que o poder público precisa agir rápido se ainda tiver
pretensões de vencer a guerra contra a criminalidade.
Talvez, o primeiro
passo seja reconhecer que estamos em uma situação ruim. Já virou moda as
autoridades dizerem que “aqui ainda está bom”, porque nossos índices de mortes
violentas são menores do que tal cidade de porte semelhante.
Quer dizer que se
a grama no jardim do vizinho está maior, a do nosso quintal também pode
continuar crescendo? Errado. Cada um que cuide para melhorar o espaço sob sua
jurisdição.
Outra medida importante
seria a construção de um banco de dados com o real número da violência, livre
dos maquiamentos por interesses políticos. Não tem lógica alguma excluir uma
vítima de assassinato das estatísticas só porque ela faleceu no hospital, e não
no local do crime em si.
É preciso que o Estado
desenvolva um trabalho sério para preservação da vida em Juiz de Fora. Além do combate ao tráfico de drogas e porte
ilegal de armas com maior estruturação e preparo das polícias, a cidade também
precisa de programas sociais para o enfrentamento da questão.
O que a Prefeitura oferece hoje para tirar os jovens e adolescentes da ociosidade e, consequentemente, do submundo do crime?
É impossível se
conformar com o atual quadro de insegurança que vem se instalando em nossos
bairros, praças, ruas e avenidas. Independente da índole de quem morre, cada
baixa é uma grande derrota para o município.