segunda-feira, 25 de outubro de 2010

EUA e IRÃ,dois países e uma semelhança.

É muito comum assistir a mídia mundial criticando o Irã por suas posturas que vão de encontro aos direitos humanos, volta e meia países se reunem para adoção de sanções contra a terra de Mahmoud Ahmadinejad. Mas será que existe diferença entre esse país e os EUA?
Na última sexta feira(22) a divulgação de documentos confidenciais do exército norte-americano no site da WikiLeaks, trouxe a tona os verdadeiros bastidores da guerra iraquiana.
Os arquivos vazados mostram que os Estados Unidos utilizaram prisões secretas,praticaram torturas, ataques aéreos contra civis, execuções sumárias e diversos crimes de guerra.

Vale lembrar que o ex presidente George W.Bush iniciou os ataques contra o Iraque sob alegação de que o país integrava o denominado"eixo do mal" e abrigava armas de destruição em massa(que por sinal nunca foram encontradas).
Somente alguém muito inocente acreditaria nessa versão, uma vez que aquela nação claramente foi mais uma das vítimas do imperialismo norte-americano. Por pura e simples ambição de poder e riqueza, os EUA promoveram uma verdadeira carnificina, derramando o sangue de homens, mulheres e crianças inocentes.

Não por acaso, as últimas revelações sobre os bastidores da guerra me fizeram lembrar da brilhante resposta do candidato derrotado Plínio Arruda, ao argumento do atual candidato à presidência José Serra, durante o debate presidencial do primeiro turno na Rede Record. Na ocasião Serra defendia que o Brasil não deveria fazer alianças com Irã, mas ouviu de Plínio a seguinte frase: "Nos temos relações com os Estados Unidos, quer país pra criar mais problemas com os direitos humanos do que os Estados Unidos?".

E realmente Plínio está coberto de razão.
Se quisermos, pois, fazer justiça aos direitos humanos, havemos de concordar que Irã e EUA são tudo farinha do mesmo saco.
Veja a resposta de Plínio para José Serra:

domingo, 24 de outubro de 2010

A caixa preta da guerra iraquiana

Os cerca de 391.832 documentos confidenciais do exército norte-americano sobre a Guerra do Iraque, publicados na última sexta- feira(22) no site da organização WikiLeaks,revelaram ao mundo as atrocidades cometidas pelos EUA durante os anos de conflito.
Os arquivos vazados mostram que os Estados Unidos utilizaram prisões secretas,praticaram torturas,ataques aéreos contra civis,execuções sumárias e diversos crimes de guerra.
Conceituados veículos da imprensa mundial como("The New York Times","Le Mond","Guardiam","Al Jazeera","Der Spiegel")noticiaram que as ações são piores do que aquelas sobre a Prisão de Abu Ghraib.

De acordo com o documento foram pelo menos 109 mil mortes,a maior parte delas de civis(63%),um número superior ao divulgado pelo governo Bush. 121.649 civis iraquianos e forças de segurança se feriram,3.592 soldados de coalizão foram mortos e 30.068 ficaram feridos.
Em um dos casos de tortura denuciados no "Guardian" ,um prisioneiro foi baleado na perna por um policial,em seguida passou por abusos que resultaram em costelas fraturadas,múltiplas lacerações e hematomas nas costas devido a golpes com bastão e mangueira.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Globo esconde protesto contra Serra

Sbt mostrou,Band mostrou,Record mostrou. Quem assistiu a Globo não viu.
Foi na última terça (05),o candidato à presidência da república pelo PSDB,José Serra,resolveu iniciar sua campanha do segundo turno com uma visita as obras de prolongamento da Avenida Jacu- Pêssego,que liga a Zona Leste de São Paulo ao Rodoanel.
A avenida -que está quase pronta-foi construída durante a gestão de Serra à frente da prefeitura e do governo de São Paulo. Logo que chegou, o candidato foi recebido com protestos de moradores insatisfeitos com os buracos e problemas deixados pela movimentação das máquinas que trabalham na construção.

Diante da confusão,a visita do tucano durou menos de 5 minutos e teve que ser feita de dentro do carro.Curiosamente,ao exibir o dia do candidato no Jornal Nacional,a Rede Globo editou a matéria e cortou as manifestações contra José Serra. Na visão da Globo "José Serra foi abraçado por moradores da Zona Leste da capital".

Não é proíbido que um veículo de imprensa tenha suas posições políticas,o que não se pode é abrir mão da imparcialidade e omitir os fatos , transformar reportagens em peças publicitárias.
A Globo vem mostrando que ainda não é capaz de separar as coisas.

Veja a diferença entre as reportagens:

^ Vídeo retirado do canal (muitoalemjn)no you tube.

Veja a mesma reportagem exibida na Band:

domingo, 10 de outubro de 2010

Sarney,onde está a honestidade?

E prossegue a oligarquia maranhense

A vitória de Roseana Sarney nas eleições do último domingo demonstrou novamente o poderio do clã no Maranhão. Com o resultado,ela chega ao governo pela quarta vez e, ao final do mandato,em 2014, terá governado o estado por 14 anos. Essa triste notícia me faz lembrar da brilhante reportagem publicada no ano passado pela revista britânica The Economist. A seguir, leia alguns trechos da matéria e entenda o sucesso desse coronelismo enraizado:

"Sarney pode parecer um regresso a uma era de políticas semifeudais que ainda prevalecem em alguns cantos do Brasil e puxam o resto dele para trás..."
"O centro de São Luís está decrépito","As ruas estão cheias de buracos e a cidade conta com um número extraordinário de flanelinhas. Só no mês passado, houve 38 assassinatos na cidade de 1 milhão de habitantes"A reportagem afirma que no interior do estado o atraso é "mais evidente", e cita o exemplo da cidade de Sangue, onde "muitas pessoas vivem em casas de um só cômodo, cujo telhado é feito de folhas de palmeiras, e que não têm nem água nem eletricidade".
"Os avanços educacionais no Estado são ruins. Sua taxa de mortalidade infantil, de 39 por mil nascidos vivos é 60% mais alta do que a média brasileira", cita a revista.

Mas o controle da família Sarney no Maranhão é reforçado pelo fato de ela ser proprietária de uma estação de TV que passa programas da Rede Globo e que, no meio das novelas, "costuma exibir reportagens favoráveis ao clã", diz a revista.
"O controle das estações de televisão e rádio é particularmente útil no interior do Maranhão, onde a maioria do eleitorado é analfabeto, e onde Sarney encontra a maior parte de seu apoio", diz a Economist.

É importante salientar que o apoio do PT para Roseana nas eleições 2010 também pode ter sido um fator determinante para o sucesso de sua campanha. Resta-nos dizer a seguinte frase: "OH MARANHÃO !!! QUANDO TE LIBERTARÁS?"