terça-feira, 4 de agosto de 2009

Juiz Censura Imprensa a favor de Sarney.








"E que o Judiciário tá todo comprado e o legislativo t financiado..."
E não é que a musíca tem razão!
Após julgar um recurso apresentado por Fernando Sarney,filho de José Sarney,o desembargador Dácio Vieira,do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios(TJDFT),proibiu o Jornal Estado de S.Paulo e o portal Estadão de publicar reportagens que contenham informações sobre a operação "Boi Barrica",ação da Polícia Federal que investiga,entre outros, o própio Fernando .
Caso ocorra o descumprimento da ordem,o jornal estará sujeito à multa de R$ 150 mil para cada matéria publicada.

Curiosamente,o Juíz Dácio,autor da censura, é uma pessoa bem próxima ao Senador Sarney.
Ele é o primeiro à esquerda na fotografia tirada no luxuoso casamento de Mayanna Maia,filha de Agaciel Maia( ex- diretor do Senado),no dia 10 de Junho deste ano.
Na foto, ainda aparecem a mulher do juíz,os pais da noiva,o senador Renam Calheiros e ninguém menos que o própio Sarney.

Fernando procurou a justiça depois que o portal Estado publicou as escutas telefônicas feitas legalmente pela Polícia Federal,onde ele negocia com sua filha,Beatriz Sarney,uma vaga para o namorado dela dentro do Senado.
A contratação contou com a ajuda de José Sarney e Agaciel Maia, que aparece entre Sarney e Renam Calheiros na fotografia tirada com o juíz.

Em 12 de fevereiro,Sarney já havia comparecido à posse de Dácio Vieira na presidência do Tribunal Regional Eleitoral(TRE) do DF.
Mais o conhecimento com o presidente do Senado pode ser ainda mais antigo,pois antes de se tornar Magistrado,o juíz também fez carreira no congresso.
De acordo com seu currículo no site do Tribunal de Justiça do Distrito Federal,ele foi designado em 1986,na condição de advogado,para ocupar o cargo de titular da assessoria Jurídica do Centro Gráfico do Senado e depois foi promovido para consultor juríco da casa.

Não poderia ser de outro jeito,a amizade entre o juíz e o senador fez com que a balança da Justiça pesasse para um único lado,impedindo a liberdade de imprensa e tirando da sociedade o direito à informação.
Essa comprovada proximidade com a família é um elemento mais que suficiente para que o desembargador seja considerado suspeito na condução do caso.

Cadê a imparcialidade do Judiciário brasileiro?
E quem foi que disse que a Justiça tarda mais não falha?
O que acontece é que cada dia nos levamos um tiro que sai pela culatra,porque não somos ministros,nós não somos magnatas.
Somos do povo,somos os zé-ninguéns e aqui embaixo,as leis são diferentes.

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