VIOLÊNCIA!!!
Estudo aponta 1 mi de homicídios em 30 anos no Brasil
Quando completar 30 anos, no fim de 2008, a mais antiga e confiável base de dados sobre mortes do Brasil, o DataSUS, do Ministério da Saúde, iniciada em 1979, apontará um número de homicídios acumulado nessas três décadas bem próximo de 1 milhão. A conta é comparável à de países em conflito bélico. Angola levou 27 anos para atingí-la, mas estava oficialmente em guerra civil.
Os números são apresentados por um estudioso do fenômeno da violência, o economista Daniel Cerqueira, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), para chamar a atenção para a "tragédia anunciada" da segurança pública brasileira. "A questão social não seria unicamente responsável se a gente tivesse um sistema coercitivo que funcionasse", diz.
Os números são apresentados por um estudioso do fenômeno da violência, o economista Daniel Cerqueira, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), para chamar a atenção para a "tragédia anunciada" da segurança pública brasileira. "A questão social não seria unicamente responsável se a gente tivesse um sistema coercitivo que funcionasse", diz.
Na década iniciada em 2000, a taxa de homicídios chegou a 28,5 por 100 mil habitantes em 2002, quando foram mortas 49,5 mil pessoas. O ritmo caiu de 2003 para cá, mas Cerqueira aposta que, pela evolução dos números, a marca de 1 milhão de mortos será atingida até o fim do ano. Outra projeção, feita pelo jornal O Estado de S. Paulo , com base nos dados do SUS, indica que o número será alcançado em 2009.
Cerqueira aponta alguns sinais preocupantes na área de segurança. Um deles é a falta de vontade dos políticos para adotar estratégias de médio ou longo prazo, o que não se enquadra no calendário eleitoral. Outro é o atraso no enfrentamento da criminalidade, ainda refém do modelo meramente reativo dos anos 1960, baseado, quando muito, em patrulhamento e investigações, não em estatísticas confiáveis, na antecipação aos problemas e no uso de programas sociais e de policiamento adaptados a cada realidade.
Fonte:Jornal Estado de São Paulo
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