Deixando de fora as situações de trotes telefônicos, podemos afirmar que uma pessoa só toma decisão de acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), quando percebe que a saúde de alguém realmente está ameaçada. O problema é que os responsáveis pelo gerenciamento das ambulâncias (governo e servidores) nem sempre encaram o sistema com a seriedade merecida.
Em várias cidades do país, volta e meia surgem casos de omissão de socorro, e não são raras as vezes em que o desfecho deles se torna trágico. Foi o que aconteceu nesta semana em Contagem (MG) e São Gonçalo (RJ).
Na cidade mineira, o caminhoneiro Sebastião da Silva(48), sofreu um infarto e pediu ajuda no restaurante de um posto de combustíveis. A funcionária do local ligou para o SAMU e foi informada que a ambulância não atenderia ao chamado, o socorro então precisou ser prestado por uma viatura da PM, que apareceu trinta minutos depois. Sebastião morreu logo após dar entrada no hospital.
Sem dar nenhuma justificativa pela omissão de socorro, a Prefeitura de Contagem limitou-se a dizer que vai "apurar os fatos". A agonia do caminhoneiro ficou registrada no circuito de segurança do restaurante.
Já em São Gonçalo, uma equipe de jornalismo do Sbt também registrou o sofrimento do aposentado José Henrique (50), ele sofria de cirrose hepática e começou a passar mal durante a madrugada.
Depois de tentar socorro várias vezes e não obter sucesso, a família denunciou o caso para reportagem. Os jornalistas foram até a residência do senhor José e acompanharam uma das ligações, em seguida se dirigiram até a sede do SAMU, lá, encontraram várias ambulâncias paradas no pátio.
A primeira chamada foi feita as cinco horas da manhã, mas o socorro só chegou as nove e meia, o aposentado não resistiu e morreu de hemorragia digestiva no hospital.
A Secretaria Municipal de Saúde de São Gonçalo, disse que as ambulâncias só estavam no pátio porque haviam acabado de chegar de outras ocorrências, e que a demora no atendimento não influenciou o estado de saúde do aposentado, que já era grave.
Em ambos os casos, o que se pode perceber é uma situação de extremo desleixo com a saúde pública, um total desrespeito com a vida humana. Foram sérios casos de omissão seguida de morte.
Não seria muita coincidência as ambulâncias do SAMU de São Gonçalo terem chegado juntas no pátio, um pouquinho antes da reportagem?
E quem a Secretaria de Saúde acha que está querendo convencer com esse papo de que a demora não contribuiu para a morte do senhor José? Mesmo se o quadro do aposentado fosse irreversível, um atendimento rápido permitiria uma morte menos agoniante, através de sedativos ou outro tipo de medicação.
Esse tipo de coisa só vai parar de acontecer quando as famílias começarem a processar as prefeituras, e a Justiça der ganho de causa para os prejudicados. Melhor ainda seria se os prefeitos, secretários de saúde e outros funcionários omissos, fossem condenados a ressarcir os rombos causados aos cofres públicos devido a essas indenizações.
2 comentários:
O maior problema do samu 192 é a corrupção dos responsáveis municipal e estadual cada ambulância recebe custeio de 45 mil por més sem contar com os recursos para a regulação medica, pelas portarias de lei do ms o samu tem que levar de 10 a 15 minuto para atender, mias a culpa não é dos funcionários e sim dos gestores.
exemplo esse que quando tem evento evangélico a Prefeita de sg aparecida panisset coloca uma viatura do samu 24h no mesmo deixando assim de atender o Usuários do sus. acessem www.dignidadedosamu.blogspot.com
Assamu 192 representa seus associados e denuncia as irregularidades do samu do estado do rio.
Leandro vabo presidente da assamu192 contatos (21)7704-8298/ 9692-5042
E-mail leandrovab0@hotmail.com
assamu192@gmail.com envie-nos denuncias do samu 192.
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