Incomodado com a repercussão negativa da reintegração de posse do acampamento Pinheirinho, o PSDB tenta agora se desvencilhar da compravada culpa pela lamentável situação dos desabrigados. Ontem, o partido divulgou uma nota contra o PT onde reclamou da politização do assunto, tentou se mostrar sensibilizado com o fato, e quis passar ideia de que apenas cumpriu ordem judicial.
Se defender é um direito do PSDB, mas como já escrevi anteriormente, o prefeito Eduardo Cury e o governador Geraldo Alckmin, tem sim bastante culpa no cartório, foram eles que por motivo político recusaram uma negociação a respeito do Pinheirinho.
Um dos trechos da nota divulgada ontem, tenta mostrar que o governo federal que foi omisso por não haver decretado a desapropriação da área:
"Ao invés de fazer proselitismo político, o Governo Federal poderia ter publicado decreto de desapropriação da área, mas não o fez."
"Ao invés de fazer proselitismo político, o Governo Federal poderia ter publicado decreto de desapropriação da área, mas não o fez."
Acontece que o governo federal só poderia desapropriar o Pinheirinho se a prefeitura tivesse declarado o lugar como uma (zona especial de interesse social) e preparasse um projeto urbanístico para área, coisa que o prefeito Eduardo Cury se recusou a fazer por pura pirraça com a oposição.
Tanto é que na semana passada, o Ministério Público Federal(MPF), ajuizou uma ação contra Cury por dificultar uma "solução negociada" para o o problema do acampamento. A acusação é baseada em um inquérito aberto em 2005.
O governador Geraldo Alckmin, por sua vez, não respeitou um acordo feito no fórum com o juiz Luiz Beethoven Giffoni, para suspender a reintegração por 15 dias. Tempo em que os governos municipal, estadual e federal, poderiam conversar e chegar a uma solução sensata para o caso .
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