domingo, 3 de abril de 2011

José Alencar,uma história de sucesso.

Talvez por ser um assunto temido por muitos,cercado de mistérios ou associado a sentimentos religiosos,a morte tem o incrível poder de arrancar elogios até para aquelas pessoas que foram duramente criticadas durante toda a sua vida. Quem não conhece um vilão que se transformou em herói depois que partiu deste mundo?

Por isso acho muito difícil a tarefa de escrever sobre alguém que já se foi,pois,por mais sincero que você esteja sendo sempre terá alguém para dizer: "Ah !, você só diz isso porque fulano morreu". Esse texto pode ser considerado uma breve homenagem para José Alencar,garanto que não foi escrito com hipocrisia e nem se trata de um reconhecimento pós-mortem.

Alencar é um homem que serve de exemplo para todos os brasileiros e um orgulho especial para aqueles nascidos em Minas Gerais.Uma pessoa que soube construir sua história de sucesso na passagem aqui pela terra e tem motivos de sobra para ser admirado. Um político rico sim,mas que não se valeu da política para obter riquezas. De origem pobre,começou a trabalhar cedo e se tornou um dos empresários mais bem-sucedidos do país com a sua "Coteminas",maior empresa do mundo no setor têxtil,avaliada em 1 bilhão de Dólares no mercado econômico.

Ingressou na vida pública como senador e atuou como ministro da Defesa e vice-presidente da república no governo Lula,seu nome nunca esteve envolvido em escândalos políticos.
José Alencar também se mostrou um exemplo de força na luta contra o câncer,ele enfrentou 17 cirúrgias para combater a doença.Entre internações e altas,fez do bom humor a sua marca registrada ao conversar com a imprensa nas dependências do hospital.

Em uma entrevista ao jornalista Paulo Henrique Amorim na Record,com uma frase muito interessante,Alencar revelou que não temia a morte: "Eu não tenho medo da morte,eu tenho medo é da desonra. Porque o homem honrado,especialmente o homem que milita na vida pública,honrado,ele não morre nunca. Agora,se ele for um camarda desonrado ele morre em vida".

José de Alencar não tinha nenhum motivo para temer a desonra. Utilizando a mesma frase que teria sido escrita pelo presidente Getúlio Vargas em sua "carta-testamento",podemos dizer que Alencar conseguiu "sair da vida para entrar na história".

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