Há cinco décadas, em 28 de agosto de
1963, o pastor Martin Luther King subia as escadarias do Lincoln
Memorial, em Washington, para proferir o histórico discurso
“I
Have a Dream”. Aquele era mais um capítulo da intensa luta pelos
direitos civis dos negros norte-americanos num período de grande
segregação racial.
Os negros eram vistos como cidadãos
de segunda classe nos Estados Unidos, e por isso não podiam
frequentar os mesmos ambientes que os cidadãos brancos. Também
não tinham direito ao voto, e estavam entregues a violência e ao
desemprego, principalmente no Sul do País.
Neste contexto social, Luther King
liderou a conhecida “Marcha Para Washington por Empregos e
Liberdade”, onde pregou uma reação não violenta contra a
opressão do racismo. Diante de uma multidão de pessoas, disse que
sonhava com uma nação onde seus filhos não mais seriam julgados
pela cor da pele.
Infelizmente o líder não teve tempo
de contemplar a realização deste sonho. Mesmo pregando a mudança
por meio da paz, foi assassinado em abril de1968. Ao invés de
intimidar os que clamavam por igualdade, sua morte só fez aumentar
os protestos. Hoje, apesar de ainda haver certas diferenças a serem corrigidas, os afro-americanos já conquistaram grande parte dos direitos reivindicados nos anos 60.
Quarenta e cinco anos após o famoso discurso "Eu
tenho um sonho", os eleitores americanos elegeram Barack
Obama como o primeiro presidente negro da história dos Estados
Unidos, não deixando nenhuma dúvida de que a semente plantada por
Martin Luther King havia florescido.
Certamente a luta dos negros
norte-americanos influenciou no combate ao racismo pelo resto do
mundo. É impossível não ver um traço de King em Nelson Mandela
durante a batalha contra o Apartheid, na África do Sul.
Até mesmo no Brasil, onde ainda há muito o que ser feito contra as diferenças raciais, Martin Luther King conseguiu deixar seu legado.
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