sábado, 16 de julho de 2011

E se o mínimo garantisse o básico?

Não podemos negar que nos últimos anos a situação financeira do brasileiro melhorou e muitas famílias aumentaram o seu poder de consumo,dando assim origem ao grupo que vem sendo considerado como a "nova classe média" do país.Embora os índices sejam positivos e animadores,ainda há muito(eu disse muito) o que fazer para corrigir as injustiças sociais no Brasil.

Na semana passada o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos(Dieese) divulgou o salário mínimo ideal para satisfazer as necessidades do cidadão e sua família,com base no artigo constitucional que leva em consideração os gastos com moradia,alimentação,educação,saúde,lazer,vestuário,higiene,transporte e previdência social.A pesquisa revelou que o trabalhador deveria receber R$ 2 .297,51 ,valor 4,22 vezes maior que os atuais R$ 545,00 determinado pelo governo em fevereiro deste ano.
Isso significa dizer que o empregado brasileiro,que sai de casa de manhã cedo para garantir o sustento do lar (não vive),mas sim sobrevive do seu mísero salário mensal.

Se o ganho de um cidadão comum está muito aquém do que deveria e esse precisa fazer milagres para pagar suas contas,o mesmo não se pode dizer da remuneração oferecida aos políticos,pois na hora de votar o próprio salário os homens de Brasília não economizam esforços e muito menos dinheiro dos cofres públicos. No ano passado o congresso aprovou um projeto que igualou os vencimentos de deputados,senadores,ministros do Executivo,presidente e vice-presidente da República, os ocupantes desses cargos passaram,então,a receber (RS 26,723,13) ,o equivalente ao valor de um carro popular no país.

E a mordomia não para por aí. Como se fosse muito difícil viver somente com o "modesto" pagamento,nossos políticos-que não podem colocar a mão no bolso para absolutamente nada- ainda recebem mais de R$100,000,00 em privilégios do tipo:(cartão corporativo,passagens aéreas,plano de saúde,cotas para despesas de gabinete e contratação de pessoal).Uma verdadeira afronta para os minimamente assalariados.

Nenhum comentário: