sábado, 17 de abril de 2010

Tragédia arquitetada.

A catástrofe ocorrida no morro do Bumba,na cidade de Niterói(RJ),é um fiel exemplo de descaso do poder público com o crescimento desordenado das cidades.Pelo que se sabe,as casas foram construídas sobre um lixão desativado,debaixo do olhar de vários governos, que mesmo conhecendo os riscos de possíveis tragédias,nada fizeram para deter a ocupação.
Ao invés de barrar as construções,autoridades políticas preferiram incentivá-las,levando ao bairro elementos típicos de locais realmente preparados para habitação.

É muito fácil, e porque não dizer cômodo,culpar a natureza ou a própria população carente pelos acontecimentos,mas não podemos esquecer que na maioria das vezes o problema está na falta de projetos ou de fiscalização.
Todo mundo sabe que desde que o mundo é mundo existe chuva,sabe-se também que uma pessoa desabrigada quer um pedaço de teto independente do local.Cabe, portanto, aos prefeitos investirem na construção de conjuntos habitacionais populares, e lutarem para que áreas impróprias sejam desocupadas logo que descobertas.

Ocupação irregular não é uma particularidade do Rio de Janeiro ou São Paulo,várias cidades menores enfrentam atualmente o mesmo problema e infelizmente estão lidando com ele da mesma forma(não fazendo nada para combatê-lo).
Enquanto os governos não tomarem uma providência séria,casas continuarão sendo engolidas em lixões,famílias inteiras serão destruídas e ao olhar os noticiários veremos o mesmo cenário de destruição .

Um comentário:

Aureliano disse...

Ao Mau Político

A cada pedra ou tijolo que edificas o teu castelo, com o dinheiro público, dinheiro que é do povo e para o povo, vai somando-se o teu débito com a eternidade.
Homem mau, mau político, para que trabalhar longe dos princípios básicos de boa conduta, se tudo que tu ajuntar, as custas do sofrimento alheio, à ti será cobrado, mesmo depois que cerrares os olhos físicos, restando-lhe a obediência da servidão, no naufrágio que tu mesmo impôs à tua alma, ao esquecer, em vida, que não eras mais nada além, que um mero ser mortal, sem direito a levar para o além-túmulo o que aqui nesta terra ficou.
Seguirá, apenas contigo, alma inóspita, o peso de todo mal por ti semeado, a dívida de tudo que deixou de fazer em benefício do teu próximo, quando em ti Deus confiou tamanho cargo nobre, e tu movido por teus maus extintos deturpou a missão a ti designada, achando-se no direito de usufruir daquilo que não era teu, tirando proveito da situação, para enriquecer às custas de teu temporário cargo.
Agora aí, nesse mar de trevas, em que tu te enfiaste, sem levar em conta, que também temporária era a tua vida terrestre, te debates, lastimando o tempo perdido para tua redenção.
Por Aureliano Camargo de Aguiar
Em 15/04/2010
?Não somos apenas seres terrestres, mas em essência celestes?.