Chamando a atenção para a Copa de 2014 e Olimpíadas de 2016, o jornal espanhol "El País", divulgou as imagens de uma operação policial ocorrida no dia 06/05/2012, no Morro do Querosene, Rio de Janeiro. O vídeo mostra policiais da UPP São Carlos em meio a um tiroteio na madrugada. Durante o confronto com traficantes, um soldado foi baleado com um tiro de calibre 45 na perna e precisou ser carregado pelos colegas. Weplisom da Silva Mendes passou por cirurgia e sobreviveu aos ferimentos.
Tudo foi registrado pelo fotógrafo Rafael S. Fabrés, que trabalha para o "El País" e durante quatro meses acompanhou "a luz e as sombras" da chamada "pacificação" das comunidades mais desfavorecidas e violentas do Rio de Janeiro.
A reportagem também faz críticas ao abuso de autoridade e uso excessivo da força, muitas vezes praticado até mesmo contra moradores inocentes, e lembra que tais atitudes acabam contrariando a essência do projeto original das UPP's.
Assistam as imagens impressionantes do "El País":
A Voz do Blog:
Neste momento a violência
brasileira desperta a atenção no exterior justamente porque em poucos
anos o país será palco de dois grandes eventos esportivos. É inegável
que situações como a do "Morro do Querosene" queimam o filme do Brasil
lá fora, mas antes de se preocupar em arrumar a casa para agradar os
visitantes, a limpeza precisa ser feita para que os próprios moradores
se sintam bem nela. Em outras palavras: mais importante do que criar um
Brasil seguro para os gringos, é fazer com que os próprios brasileiros
desfrutem de uma segurança diária em seu ambiente.
O projeto das Unidades
de Polícia Pacificadora é uma iniciativa interessante no combate ao
crime organizado, mas somente a ação repressiva não resolve o problema
da criminalidade nos morros. A polícia precisa provar para a comunidade
que está ali como amiga, confiança que não será conquistada na marra.
É
preciso que a instituição e os governos também marquem presença com
ações e projetos sociais, como atendimento médico e odontológico, cursos
profissionalizantes, oficinas de teatro e dança, atividades de esporte e
lazer, entre outros.
Além disso, é fundamental atacar a corrupção existente dentro da própria polícia.
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