DEPOIS DESTAS , COMO CONFIAR NA POLÍCIA?


Segurança, pelo menos esta deveria ser a primeira sensação de um cidadão de bem ao avistar uma viatura policial em qualquer parte do mundo. Mas esse sentimento ainda é algo bem distante da realidade brasileira, já que temos ass
istido a diversas atrocidades promovidas por uma polícia cada vez mais incompetente e arbitrária .

Não faltam exemplos para ilustrar que a preservação da dignidade e da vida humana tem sido a última coisa que se passa pela cabeça de 99% de nossos policias. Casos como o do menino João Roberto (de apenas 3 anos) covardemente assassinado por PM,s em julho deste ano, na Barra da Tijuca, não podem ser tratados como ”fatos isolados” e muito menos como um problema recente na nova geração militar.
E tanto não são, que bastaram apenas alguns dias para que a situação novamente se repetisse várias vezes no país. Uma semana após a PM carioca fuzilar o carro da família de João Roberto, a polícia paranaense também resolveu atirar contra o carro em que viajava a jovem Rafaeli Ramos Lima (21) e um amigo, ela foi atingida na cabeça e morreu logo após dar entrada no hospital da cidade , o rapaz teve uma bala alojada na bochecha mas sobreviveu.
E não parou por aí, três dias depois a polícia voltaria a matar um inocente no Rio de Janeiro. A equipe de reportagem do SBT flagrou o momento em que o administrador Luiz Carlos Soares da
cos
ta, de 36 anos, foi assassinado por PM,s dentro de seu automóvel enquanto era vítima de um seqüestro relâmpago na linha Amarela.


Nas imagens ainda é possível ver um dos policias desferindo um chute em Luiz Carlos, que agonizava no chão antes de ser arrastado como um lixo para a ambulância.
Como se toda desgraça ainda não fosse suficiente, dois dias depois a Polícia Militar Pernambucana disparou doze vezes contra o carro em que estava a garota Maria Eduarda Ramos, de 9 anos. Atingida no tórax a menina não resistiu e morreu logo em seguida.
De volta ao Rio, dois Pm,s ainda são os principais suspeitos do desaparecimento da engenheira de produção Patrícia Franco,de 24 anos. O carro dela foi encontrado as margens do canal Marapendi,na Barra da Tijuca, parte traseira se encontrava virada para águ
a, os vidros quebrados e o porta-malas aberto, nele a perícia encontrou três fragmentos de balas usadas em pistolas calibre 380 ou ponto 40 (as mesmas utilizadas pela polícia,). O corpo de bombeiros realizou buscas durante três dias pelo canal e não encontrou Patrícia.


Qualquer semelhança entre os fatos não são meras coincidências e sim fruto do total despreparo de uma instituição que resolveu banir inteligência, educação, e o diálago do seu Curso de Formação Militar. A polícia escolheu a agressividade e a intolerância como a chave principal de uma operação.
Quando o assunto é violência a polícia carioca se destaca, mesmo assim o Governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, insiste em manter a sua política das mortes, que ele prefere denomnar como “Política de Segurança”.
E tudo isso tem uma explicação, a idéia de que “bandido bom é bandido mort
o” é facilmente aceita pela sociedade, e sem dúvida contribui para que as autoridades policiais cada vez mais se especializem em matar pobres e pretos inocentes nos morros, se redimindo facilmente com a opinião pública, afinal “São bandidos” né?


Infelizmente, várias pessoas, do conforto de seu apartamento, aplaudem uma polícia que sobe a favela e agride ou atira primeiro para depois perguntar quem é. Mas essas se
esquecem que amanhã, no asfalto, podem ser a próxima vítima dos fardados.
Já ouvi autoridades dizendo que os brasileiros querem uma polícia eficiente e atuante, e realmente queremos, mas abrimos mão de uma corporação criminosa, assassina e corrupta.